quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O Homem e o traço feminino na alma

É notavel a falta de sensibilidade no comportamento da sociedade contemporânea,visto que,os condicionamentos sociais estão impondo posturas determinadas e dogmas sexuais,que visam demonstrar a afirmaçao da masculinidade em contraposição com a exclusão do belo na alma,a doçura do espirito,o lado feminino de todos os seres.
Somos todos um.
Não há mal que não possui um pouco do bem.
Não há beleza que esconda um traço imperfeito.
O ser humano não surgiu sob um molde,uma estrutura padrão,e nem foi construído por linhas de montagens.Somos junções comportamentais ativas e pensantes.
A afirmação do "macho" diante dos outros,exclui por inteiro a magia do amor e gentileza entre os seres,robotiza as ações,cria um mecânismo repetitivo e dissolve a individualidade,a diferença.
O ser do sexo masculino não pode mais gostar de flores,que sem paralelo algum com a razão,é associado à homossexualidade.Estupidez total...
Pessoas não se abraçam,não se tocam,não compartilham forças e energias.
O sexo é controlado,regulado e limitado,como se estivessemos sob o olhar de nossos avós enquanto copulamos.
O amor é fictício,verbal,pobre na sua essência.Mais carne,menos sentimento.
Vejo uma criança,esse ser de essência pura,livre e protegido do vìcio mundano,livre dos padrões e diferenças sociais,oculto desse lado podre do ser humano,um ser-para-sí que na sua inocência,vai se lapidando aos poucos nesse mundo cinza e materialista.
Que nossos filhos vejam pessoas se abraçando.
Que nossos filhos abraçem pessoas.
Que nossos filhos sintam pelos seres o que sentem por sí mesmos.
Que nossos filhos independente do sexo,gostem de flores.
Que nossos filhos semeem o amor na terra,para que nossos netos o possam colher.
E que nossos filhos sejam indivíduos unicos,livres do vício repetitivo,que façam o que não foi feito,o que ninguem fez,e que sejam eles mesmos nesse mundo de iguais.


Escrito por Bruno Discacciati Lima

Um comentário:

  1. Um grande mal das pessoas em geral (proposital ou não) é conceber valores socialmente criados como se fossem "naturais". Ou seja, inerentes à própria natureza humana, como se já nascessemos assim. A questão da sexualidade por exemplo,o que é "masculinidade" e "femininidade" não é algo próprio de um indivíduo. "Rosa" não é cor de mulher, a socidade que convencionou isso.O mesmo vale para a questão das flores, citada no texto. Na sociedade contempôranea, em que o ser humano se sente cada vez mais deslocado de tudo, é notável sua opção por escolher o que é imposto pelos meios de comunicação de massa, a "copiar" a moda, é triste se sentir "seguro" abdicando de sua individualidade.......

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