domingo, 22 de agosto de 2010

Morte-Vida


Nas ruas silênciosas da madrugada, onde pessoas viviam em busca de algo inatingível,numa correria sem sentido dentro desse gigantesco formigueiro humano,que nem cães atras de lixo,sobrevivendo e existindo,embriagando-se noite após noite,na tentativa de achar um motivo,ver se algo acontece,quebrar o tédio.
O mesmo velho de olhar longe e triste,puxando o seu fumo e observando as crianças brincando e gritando,felizes em suas inocências,sem saber o que está por vir,sem querer saber o que o espera,que fim vai levar,continua sentado no banco da praça.
Nas ruas silênciosas da madrugada,passam ratos,passam gatos,reina o silêncio,pesado silêncio,as árvores estão secas e o ar cinza,morto,congelado.O velho não existe mais,está cinza,morto, congelado.As crianças cresceram e bateram com a cara no futuro e desejaram voltar,pegar o trem do passado,passado feliz.
Acabaram em empregos banais,nas suas vidas fúteis,existências inúteis,com suas famílias vivendo e engordando em frente a TV,ficaram velhos e sentados nos bancos das praças observavam outras crianças.As lagrimas escorreram pelas suas faces.
Amargo presente.
Qual sentido teria tudo isso?

Escrito por Bruno Discacciati Lima

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