quinta-feira, 8 de março de 2012

O ovo
(o texto é meu,ponho o título que quiser.)


Escrevo nessa manhã bela que nem nossos olhares inocentes e sinceros
Numa manhã estupidamente explicita
Como nossos corações cheio de fogo
Cheio de vida
Cheio de vinho
Preso nesse quarto,preso nesse mundo.

O incenso queima e eu quero viver
Pularia da janela!O céu está lindo!E eu estou pirando,pirado!
Cheio de tesão por essa vida
Indignado pelo intocável,inatingível momento de hoje que não se perdura pela finitude que a vida é.
E não sei por qual razão
Eu amo.
Amo a vida,amo o gosto de café na minha boca, Kerouac e Doors!
Amo a Thais
Amo minha ressaca que faz minha cabeça latejar, e se explodir, que espalhe minhas loucuras por aí.
Amo a fome e o cachorro-quente que paguei ao mendigo que agora me ama também.
Só não amo quem não ama.
Posso morrer hoje,e daí?Foda-se.Outros continuarão com os mesmos desejos,as mesmas perguntas e quem sabe as respostas,mas eu não.
A resposta é a duvida que se alimenta da falta dela mesma,que talvez nem exista...
Guilhotina angustiante,ô vida!
Apague minha consciência,enquanto eu continuo perambulando por aí.

Escrito por Bruno Discacciati Lima.
Imagem:Quadro de Salvador Dalí.